Adriana Esteves

Adriana Esteves
Nossa Estrela

Comentários de especialistas sobre Adri e sua carreira


Post exclusivo para os comentários da imprensa à Adriana  

 


As viradas da Carminha
Conheça os detalhes sórdidos da personalidade da vilã 

Os brasileiros estão saboreando o requinte de uma interpretação antológica: Adriana Esteves, em Avenida Brasil, representa uma mulher que representa o tempo inteiro.

Não é qualquer profissional de arte dramática que consegue alcançar esta perícia em seu desempenho. A personagem Carmem Lúcia passa a vida agindo como se uma pessoa justa, amável e cordata fosse: boa esposa, boa mãe de família, etc. Mas há os momentos em que, surpreendida apenas pela câmera que filma o drama, Carminha “vira” e mostra a outra personalidade - que não é uma subpersonalidade, nem mesmo uma outra “qualidade” de si mesma (como talvez um lado B qualquer). Não. A coisa que aparece é a verdadeira megera que habita lá dentro.


Quando “vira” e se transforma nela mesma, a atriz - criativa e absolutamente genial - dá show de expressividade. “Vira” uma coisa que não é bem humana. Vira bicho. Carminha range os dentes, rosna como um cão. Silva e chia como uma cobra. Um fogo fixo salta de seus olhos, agora duros e desesperados para destruir quem a ameaça. Seu corpo mignon e esguio gira para lá e para cá com agilidade serpentina. A cabeça dá guinadas rápidas. Ela estala a língua às vezes. A palavra “víbora” surge na mente de quem assiste ao espetáculo.


São essas “viradas” que fascinam o telespectador, pois em tais momentos de minuciosa e elaborada arte dramática, Adriana Esteves revela a realidade impiedosa, cruelmente predatória que alimenta a mulher cuja vida nunca foi outra coisa senão enganar os demais.


Muito já se escreveu sobre o ingrediente infalível para se ter uma boa trama: é no vilão que o segredinho reside. Um grande e terrível vilão. Um vilão arrepiante. Sem um memorável antagonista, nenhuma história vai para frente e nem alcança níveis estratosféricos de audiência - como essa novela está conseguindo no momento.


Avenida Brasil está construída em cima da personagem Carmen Lúcia como uma casa está edificada sobre seus alicerces. A própria atriz, em entrevista, comentando o modo como preparou-se psicologicamente para encarnar o papel, disse: “Estou preparada para ser odiada. Bem, odiada ela provavelmente está sendo, embora ainda tenha minhas dúvidas, pois ela é carismática demais para receber a tal onda de ódio, mas tenho certeza é de outro fenômeno que está acontecendo diante dos olhos de todos: ela está fascinando.


Como as serpentes, cujo olhar fixo e brilhante fascina suas presas, hipnotizando-as. As “viradas” de Carminha, quando esta moça - aliás, bonita - vira uma cobra diante de nós, são algo extraordinário de se ver. Queridos: isto é arte dramática. E muita arte, mesmo.


Por Madalena Tavares - psicóloga e escritora -
www.madalenatavares.com/ 





Que perfil tem o ator e/ou atriz que chama a sua atenção num trabalho? Já viu alguém que te despertou interesse em trabalhar junto mesmo sem nunca ter visto a pessoa até então? Eu me ajoelho quando o ator/atriz consegue a " verdade" do personagem. Fazer tv implica em você não dar bandeira que tem uma câmera te seguindo, não dá pra ficar ligado em enquadramento, luz , make ou cabelo que não se mexe. Nenhum ser humano discute, briga ou pensa sem mexer no cabelo, por exemplo! Vemos atrizes e atores completamente escravizados pela suposta beleza. Eles não se mexem !!!!
Quando você vê um trabalho como o da Adriana Esteves da vontade de beijar o chão que ela passa.
Um ator que eu sempre quis trabalhar pela sua versatilidade é o Vladimir Brichta, acho ele excelente desde a primeira vez que o vi.

Eduardo Martini - Autor, Ator e Diretor




Adriana a cada capitulo surpreende a todos com sua atuação mara   



Viva Adriana Esteves!

Se superação é a outra palavra da hora, quero usá-la adequadamente para alguém que dela fez uso: Adriana Esteves. Massacrada, anos atrás, por um colunista paulistano, a moça entrou em depressão e deu um tempo. Qual uma fênix, ressurgiu. Primeiro, como a  hilária Celinha de “Toma lá dá cá”, ao lado de Miguel Falabella e companhia. E agora como  Carminha, este ser amoral, personagem cheio de nuances, que ela defende com a maior competência em “Avenida Brasil”Nada como dar a volta por cima. Daria tudo pra ver com que cara anda agora o maldoso colunista. Como cantou a Carmen Lucia no capítulo de quinta-feira, vitoriosa depois de mais uma armação, “eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero tcha, tcha, tcha, tcha”. Toma, papudo! 

"Daria tudo pra ver com que cara anda agora o maldoso colunista" Eu também daria! Aposto que Anna (colounista dessa nota) se referiu ao babaca do Zé Simão! Como eu odeio esse cara!!!!!! Nojento! Quase acabou com a carreira e até mesmo com a alegria de viver da AdriSorte q a Adri é mais forte e guerreira que ele e conseguiu superar seu olho gordo se tornando essa atriz vitoriosa que estamos vendo hj e, que pra mim, nunca deixou de 
Link do vídeo em que Preta Gil, Zeca Camargo e Luciano e Arlindo Cruz elogiam Adriana e Avenida Brasil - http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1681096-10345,00-ZECA+CAMARGO+PRETA+GIL+LUCIANO+E+ARLINDO+CRUZ+SAO+FAS+DE+AVENIDA+BRASIL+E+A.htm


OPINIÃO: Com atuação assustadora, Adriana Esteves se consagra e transforma Carminha na maior vilã que já existiu

Avenida Brasil” – segunda novela de João Emanuel Carneiro para o horário das 9 da TV Globo -, com firme e inovadora direção de Ricardo Waddington, Amora Mautner e José Luiz Villamarim, já entrou na sua reta final depois de sete meses de um ritmo alucinante, de total ausência da clássica “barriga”, de ganchos agoniantes e de uma muito bem sucedida reunião de elenco.

Se já não bastasse toda essa indubitável qualidade técnica que a coloca em um ótimo patamar, “Avenida Brasil” entrou na história do gênero ao qual pertence. Primeiro pela identificação do público para com a telenovela, o que provocou uma repercussão enorme nos meios de comunicação de todo o país; e, depois, por ter produzido aquela que já é a maior vilã da teledramaturgia nacional desde que a mesma existe.

Muito devido ao ótimo roteiro e aos fortes diálogos escritos por João Emanuel Carneiro, Carminha desde o primeiro capítulo do folhetim se mostrou uma personagem intrigante e, mesmo fazendo tantas maldades, divertiu o público de casa. Sabendo muito bem mesclar o sarcasmo, o cinismo e as ironias da vilã com as densas tensões levadas ao ar, Carneiro estaria dando um presente a qualquer atriz que vivesse esse papel.

Mas só uma sortuda poderia ser Carminha. E o privilégio coube à talentosa Adriana Esteves, que já tinha se saído acima da média em “Dalva & Herivelto”, minissérie de Maria Adelaide Amaral que rendeu à atriz uma indicação ao Emmy Internacional.

Fugindo da zona de conforto que seria fazer uma composição sóbria e minimalista (todas as outras atrizes que fizeram as vilãs de João Emanuel compuseram assim), Adriana construiu uma Carminha exagerada, hiperbólica, estérica, com expressões embriagada. E deu certo, muito certo.

Ainda assim sem ultrapassar em momento algum a linha tênue entre esse tipo de composição e a caricatura, Esteves usou e abusou durante toda a novela desse muito bem executado maneirismo dramático, que transformou Carminha em uma personagem megera, odiada pelo público, mas que fez esse mesmo público gargalhar com suas expressões quase escatológicas quando contracenava com Zezé (Cacau Protásio).

Não conformados com alguma coisa que me é invisível, existem Críticos de TV que têm a coragem – ou a falta de caráter – de dizer que o maneirismos usado por Adriana Esteves foi uma forma encontrada pela atriz de esconder suas limitações de interpretação. Ainda insatisfeitos, julgam como fanáticos os de bom senso que discordam da posição adotada por eles. “ESSES TRAAAAAAAAAASTES!”, diria Carminha sobre os mesmos. 

Enfim… Adriana Esteves fez, nos últimos meses, um trabalho que chega a ser assustador tamanha a qualidade, consagrando Carmem Lúcia Moreira de Souza, Carminha para os íntimos, como a maior vilã que já existiu. Todos os prêmios do ano já tem dona, se houver meritocracia ainda. E “ai” de quem disser o contrário. 
Por Yuri Silva | @yuurisilva


Carminha: ame-a ou admire-a !





    Aprendemos com os clássicos contos infantis que sempre houve no mundo o bem e o mal. O bem sempre foi estereotipado na figura da princesa, a bela moça sonhadora e sofredora, delicada e destinada a viver por e para o amor, cheia de candura e bondade, esperançosa na vida justa. O mal, por sua vez, ganhava seus contornos na figura da bruxa, sempre maquiavélica, invejosa, cheia de planos, sempre fadados ao fracasso, para acabar com a felicidade, e a própria vida, da boa moça da história.

 É natural que tenhamos transferido essa visão de lados opostos e conflitantes para as mais variadas expressões culturais que nos cercam. Não seria de se estranhar que as tramas de novela também se utilizassem desse artifício. Nesse caso, não se trata mais de princesa e bruxa, mas sim de mocinha e vilã. Os embates ao longo do folhetim entre essas duas personagens principais sempre geraram muita curiosidade e apreço por parte do telespectador. Mas talvez, agora, estejamos testemunhando não a completa ruptura dessa estrutura tradicional de roteiro, mas sim um novo, ousado e intrigante olhar sobre a construção menos fictícia e mais realista de figuras mais humanizadas nas novelas. É aí que enquadro o enredo de "Avenida Brasil" nesse contexto. Mas eu gostaria de falar mais especificamente da vilã.

 Carminha, interpretada de forma visceral e magistral pela radiante atriz Adriana Esteves, me fascina exatamente por ter contornos mais humanos do que idealizados para um roteiro de novela. A mulher com o discurso católico e a prática pagã. A mãe de família com passado de "piranha" de esquina. A loba luxuriosa em pele de ovelha dócil e frágil. A interesseira material com ares de filantropia. A boa esposa com furor de ótima amante. A vilã com toques de querida pelo público.

Parece louco, mas mesmo com todos os seus desmandos, seus crimes, suas armações, suas intenções de se dar bem acima do bem de qualquer pessoa, Carminha consegue amealhar mais adoradores do que odiadores entre o público que se delicia com tudo o que ela diz, faz, gesticula, expressa fisicamente; esteja isso de acordo ou não com o "socialmente aceito".

Carminha foi muito bem construída psicologicamente pelo autor João Emanuel Carneiro. Desde cedo, ela teve que aprender a sobreviver, e não a viver. Era usada e abusada para satisfazer as necessidades daqueles que estavam ao seu redor. Teve que conviver com péssimas influências. Encarou desde a tenra infância com o lado mais sujo, literalmente falando, da realidade. Não é de se estranhar que Carmen Lúcia levasse essas marcas profundas para o resto de sua vida

 Não quero fazer aqui o papel de "advogado do diabo". Quero apenas fazer o papel de adorador de uma novela bem escrita e de uma personagem genialmente defendida, como no caso de Carminha e tantas outras personagens do folhetim global das 21 horas.

Deixando as análises psicológicas de lado, o que fica é a certeza que demorará muito para alguém sensibilizar e, ao mesmo tempo, chocar o público diante da tv como vem fazendo Adriana Esteves no papel de Carminha. Gostando ou não, odiando ou amando, é de se tirar o chapéu e aplaudir de pé o espetáculo dramático-popular-divino da atriz e da personagem nesse caso. Carminha RAÇA DOS VENCEDORES, já estamos (tentando) nos preparar para a despedida. Um duro golpe, porém inevitável.

Everton Santos


QUERER SE JOGAR DA JANELA SÓ DE IMAGINAR QUE AVENIDA BRASIL TÁ PRA ACABAR, QUEM NUNCA?

 


ADRIANA ESTEVES E MURILO BENÍCIO: O TRIUNFO DA DUPLA IMBATÍVEL DE AVENIDA BRASIL

Vai ser muito difícil alguém tirar os prêmios de melhores atores de 2012 de Adriana Esteves e Murilo Benício. E olha que tivemos um ano riquíssimo em atuações extraordinárias, principalmente, em Avenida Brasil, que eles protagonizaram. Mas a dupla – cada qual a sua maneira – seduziu o público de forma arrebatadora. 

Enquanto Adriana seguiu uma linha mais explosiva, cheia de gestos largos, muitos gritos e até grunhidos. Bem diferente da opção de Murilo pela introspecção, fala mansa e jeito de cara do bem. Mas os dois estiveram igualmente soberbos. Na verdade, as interpretações de Adriana e Murilo são tão opostas, que chegam a ser complementares. Mesmo nos recentes ataques de fúria de Tufão, ao descobrir que a tão religiosa esposa o traiu a vida toda com o cunhado, bem debaixo de seu próprio teto, o ex-jogador perdeu sua essência. Rolou grito, tapa na cara e muito rancor, mas o bom e velho Tufão de guerra estava lá.

Apesar de carregar no nome, não foi Tufão e sim Carminha a força da natureza dessa novela. A personagem conseguia ser o diabo em forma de gente e também a mais doce das criaturas numa mesma cena. Haja versatilidade! A primeira-dama do Divino consumiu tanta energia física e psicológica de sua intérprete que Adriana definhou a olhos vistos. Ela perdia peso de um dia para o outro, levando a equipe de figurinistas da novela a fazer acertos nas roupas de Carminha na hora de começar a gravar. Mas tanto sacrifício e dedicação valeram à pena. Não era novidade nenhuma o tamanho do talento de Adriana Esteves, basta lembrar seus desempenhos em Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor (2010), O Cravo e a Rosa (2000) e Torre de Babel (1998)! Mas com sua performance arrebatadora em Avenida Brasil, Adriana entrou de forma definitiva no hall das grandes damas da interpretação desse país, quiçá, do mundo.

Adriana Esteves e Murilo Benicio já alcançaram a fama, conquistaram dinheiro e prestigio, mas nunca se acomodaram em seus tronos. Trabalhadores compulsivos e apaixonados, eles dão orgulho e prestigio para o oficio que escolheram e uma alegria sem fim para o público que nunca se cansa de aplaudi-los. Como eu o faço agora. Muitos aplausos que eles merecem!

Jorge Brasil - colunista da Contigo e da Minha Novela


FamosiDrops: Tony Ramos não se surpreende com sucesso de Adriana Esteves

Ator não poupou elogios à intérprete de Carminha, de Avenida Brasil
SÃO PAULO – Tony Ramos tem mais de 45 anos de carreira, e é um dos principais nomes da dramaturgia brasileira, ao lado de Glória Pires e Regina Duarte. Por isso, ele sabe do que fala. 
Pelo menos foi o que demonstrou em entrevista ao Famosidades, quando não poupou elogios à performance de Adriana Esteves como protagonista da novela global “Avenida Brasil”.
Para quem não se lembra, o ator contracenou ao lado da atriz no início do folhetim de João Emanuel Carneiro, onde interpretou Genésio – o ex-marido da personagem Carminha. Foram poucas cenas, 
mas de grande impacto: a megera bateu tanto no marido, que ele perdeu os sentidos, foi atropelado em uma avenida e morreu. 

A partir dessa fase, o show de Adriana na pele da vilã começou. A atriz tornou-se uma das queridinhas do público – e também odiada pelos telespectadores. Por conta do sucesso que a trama e sua personagem vêm fazendo, os comentários sobre sua atuação brilhante começaram a surgir.

Certo de que o talento da atriz já era costumeiro, Tony Ramos derreteu-se em elogios à ela: “Já trabalhei com a Adriana em ‘Torre de Babel’. Ela é uma das grandes atrizes brasileiras. Ela vem de ‘Toma Lá Dá Cá’ e ‘Morde & Assopra’ e, de repente, surge com essa Carminha. É uma atriz que, para mim, não é surpresa de sucesso. Ela tem a coisa fundamental, que é a faísca de dar ao público o melhor possível

http://entretenimento.br.msn.com/famosos/famosidrops-tony-ramos-n%C3%A3o-se-surpreende-com-sucesso-de-adriana-esteves



'Avenida Brasil' chega ao fim e Adriana Esteves conhece seu apogeu

RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER)
Não posso dizer que sou noveleiro invetarado, mas gosto de novela sim. De boas novelas. Não sou tão velho, nem tão novo, mas já ví 'A Gata Comeu', 'Vale Tudo', 'Cambalacho', 'Pantanal', 'Roque Santeiro'. Caramba! Esta última, um grande fenômeno. Quem não se lembra da Casa da Luz Vermelha? Do Lobisomem? Tô certo ou tô errado? Vi também 'Tieta', os segredos de Perpétua, a viúva que guardava as 'coisas' do marido numa caixa e por aí vai. Agora, uma coisa é certa, todas essas campeãs de audiência têm em comum atores que entraram para o hall das grandes interpretações da teledramaturgia e aqui, uma salva de palmas para Adriana Esteves, em mais uma dessas novelas que entram para os anais da TV, como diria Fausto Silva, 'Avenida Brasil'.

Adriana apareceu na TV pela primeira vez, como apresentadora de um programa sem expressão na TV Bandeirantes, em 1988. No mesmo ano, fez uma participação como figurante na novela 'Vale Tudo', mas conheceu o estrelato quando agarrou com unhas e dentes a oportunidade de mostrar o seu trabalho no 'Domingão do Faustão',  no quadro "Estrela Por Um Dia". Um grande achado do gordo. A partir dalí foi só mostrar o que sabia, aprimorar a técnica e deixar a estrela brilhar.

Quatro anos mais tarde ganhou a sua primeira protagonista, numa novelas das oito. Viveu a personagem 'Marina Batista' em "Pedra sobre Pedra", onde fez par romântico com Maurício Mattar. Não parou mais de mostrar a sua versatilidade. Quem não se lembra da dona de casa 'Celinha', de "Toma Lá, Dá Cá", humorístico de Miguel Falabella, no ar entre 2007 e 2009, na Globo, no fins de noite de domingo? Nada de grande interpretação, o personagem nem exigia isso, mas verdadeira na atuação.

Antes, porém, a agora loura fatal, que estrela brilhantemente na trama de João Emanuel Carneirorecebeu o prêmio de melhor atriz no Festival Internacional de Cinema de Cartagena, em 1996, na Colômbia, por sua interpretação no filme "As Meninas", baseado no romance homônimo de Lygia Fagundes Telles. Também foi indicada ao Emmy Internacional na categoria de melhor atriz em série dramática pela sua intepretação de Dalva de Oliveira na minissérie "Dalva e Herivelto: Uma Canção de Amor". Fantástico, contudo, restrito a um público menor. Adriana precisava explodir e ela se mostraria nitroglicerina pura mais adiante.

O destino, então, resolveu fazer a sua parte. 'Avenida Brasil' pintaria na tela da Globo. Adriana não era a escolha primeira do autor para o papel de Carminha. Ele confessou isso em entrevista ao Globo deste domingo(14) para logo depois dar graças a Deus pela escolha definitiva. E foi mesmo definitiva e certeira. Ninguém correrá o risco de exagerar se disser que Carminha, ou melhor, Adriana Esteves foi o coração do folhetim.
O próprio autor João Emanuel Carneiro vai além e diz que a atriz foi a alma do sucesso da novela que fez o Brasil parar diante da TV.

"Vou sistematizar a Adriana Esteves e fazer um altar na minha casa para ela. Ela foi a alma dessa novela, é um animal da atuação. As caras que ela faz... É muito carismática e humanizou essa vilã", disse.

E ele tem razão. Não precisamos de estudiosos do gênero para atestar a empatia da vilã construída por Adriana. Ela transformou a sua personagem em algo muito maior do que tudo o que já viveu. E pontuo aqui o apoio que ela ganhou de seus colegas de elenco e finalmente o reconhecimento do público final que ela já conquistou. A nitroglicerina explodiu.




"O SER HUMANO É UMA COISA QUE DEU ERRADO"


A frase que dá título ao post, conseguiu numa quarta-feira, dia 08/08/2012, entrar pra história
da teledramaturgia brasileira. Numa sequência genial, João Emanuel Carneiro e Adriana 
Esteves, conseguiram transformar o capítulo do meio da semana, geralmente mais curto 
e com menos impacto, numa obra de arte popular, acessível e de profundidade freudiana. 

Seria de má vontade atribuir todo o sucesso do capítulo de hoje a essa frase, já que toda trama esteve
tão ágil e sem subestimar a audiência, que eu poderia citar e comentar cena por cena, do combate inicial
de Nina X Carminha X Max até o desfecho angustiante do monólogo de Carmen Lúcia. Adriana
Esteves roubando a cena com sua carga dramática, Deborah Falabela mostrando serviço e Marcelo 
Novaes, com toda a passividade característica do personagem, mas segurando a bola consciente de que 
estava num momento especial da televisão brasileira. 

Numa das cenas mais bem escritas, filmadas e interpretadas que eu já pude assistir, João 
Emanuel Carneiro trocou um presente com Adriana Esteves. Entregou um texto maravilhoso e 
recebeu um clássico contemporâneo

Aqui está a transcrição textual exata do momento em que Carminha senta em um bar, pede uma bebida 
e decide confrontar passado, presente e futuro. 



"A vida é um lixo
Não existe justiça, não existe lealdade, amor.
Amor, balela
Invenção de livro, de filme, novela
Sabe pra que? Pra fazer ó...
O ser humano é uma coisa que deu errado
Deus...
Deus fez errado
Errou
Mas também foi criar o mundo em seis dias
Coisa de homem mesmo ne?!
Lambão, lambão
Tinha que dar errado
Droga de vida é essa?
Pra quê que a gente vive?
Pra esperar a hora de morrer?
O que é que vale a vida?
Nada, nada
Ei, você, me recolhe aqui
Eu sou igual a isso aí que vocês tão recolhendo
Um bando de porcaria estragada
Tô assim bem vestida mas vim do lixo
E fui jogada no lixo de novo
To de novo no lixo
Meu lugar é no lixo
Toca pro inferno, motorista."



Pra quem não viu a cena. Clique aqui e vê direto no site da globo. Mas depois vale a pena procurar o capítulo inteiro. 

http://santaclaraenvergonhada.blogspot.com.br/2012/08/o-ser-humano-e-uma-coisa-que-deu-errado.html



Adriana Esteves arrasa mais uma vez e mostra toda a fragilidade de Carminha


Mesmo tratando-se de um capítulo relativamente curto e morno, devido à transmissão do
futebol, as cenas de 'Avenida Brasil' exibidas nesta quarta-feira (8) foram de tirar 
o fôlegoCarminha (Adriana Esteves) flagrou Nina (Débora Falabella) e Max 
(Marcello Novaes) juntos e agora pensa que os dois têm um caso.

A belíssima atuação de Adriana Esteves foi fundamental para mostrar toda 
a fragilidade de sua personagem, que dificilmente transparece. "Eu voltei para 
o lixo. Eu sou tudo isso aí", afirmou a antagonista ao ver uma caçamba de entulho e depois 
de tomar uns goles de cachaça. "Toca para o inferno motorista", disse, pedindo para ser 
levada para o lixão.



Impossível não sentir na pele a desilusão, tristeza e raiva de Carminha naquele 
momento. Com tantos sentimentos e acontecimentos, é mais impossível ainda não 
contar os dias para saber o que está por vir, quando uma nova reviravolta acontecer 
na trama e ela voltar ao controle da situação.
Adriana Esteves, sem sombra de dúvida, conseguiu cravar o nome de Carminha 
no topo da lista das maiores vilãs da teledramaturgia.


O melhor capítulo de AvBr
Curti!: O melhor capítulo de Avenida Brasil. 

 Por Jorge Brasil

Ontem, cheguei de São Paulo tão cansado que só queria cama. Pensei em fazer um lanche e ir dormir, já que havia acordado às 5h da matina para chegar em Sampa às 9h para uma reunião… Mas acabei me lembrando do final do capítulo de Avenida Brasil, da terça 9, e surtei. Liguei a TV correndo para assistir ao flagrante de Carminha (Adriana Esteves) em Nina (Débora Falabella) e Max (Marcello Novaes) e não me arrependi. Foi o melhor capítulo de toda a novela até aqui. Caraca, o que foi aquilo? Nas primeiras cenas um duelo de interpretação entre Adriana e Débora, com Marcello acompanhando as colegas no mesmo nível. Na continuação, a partir do surto e do acidente de  Carminha, o show foi todo de Adriana. As sequências da personagem se embriagando foram de arrepiar e conheço algumas pessoas que ficaram morrendo de pena da vilã. Não cheguei a tanto, mas Adriana passou com maestria toda a dor e decepção de Carminha ao descobrir que o amor de sua vida, seu parceiro de crimes e sexo, a trocou pela Rita! Adriana está tão extraordinária que merecia o Oscar, o Emmy, o Troféu Imprensa, o Prêmio Contigo!… O que for! Demais!


Autor diz que Carminha não existiria sem Adriana Esteves  - Divulgação/TV Globo

Autor diz que Carminha não existiria sem Adriana Esteves

Para João Emanuel Carneiro, Carminha foi o destaque da trama

Chega ao fim, na sexta-feira (19), a novela Avenida Brasil, a trama mais comentada dos últimos anos, que virou fenômeno nas redes sociais e atingiu 49 pontos de audiência. O autor João Emanuel Carneiro destaca, em entrevista ao jornal O Dia, os pontos altos da trama e diz que, sem Adriana Esteves, a Carminha não existiria.
"O balanço que faço é muito positivo. Consegui fazer uma novela em que todos os personagens se comunicavam. Estou muito feliz com os resultados. Adriana Esteves é uma grande atriz. Sem ela, a Carminha não existiria, efetivamente. A atuação da Adriana foi exemplar, porque ela entendeu e incorporou a Carminha como precisava ser. A inversão de papéis foi, de certa forma, provocada. O público entendeu que todos nós temos dois lados, inclusive a Carminha e a Nina.

sábado, 1 de setembro de 2012


ADRIANA ESTEVES


Olha que assisto à TV desde que ela chegou ao Brasil, em 1951, mas confesso que nunca vi nada igual ao que Adriana Esteves está conseguindo, ao interpretar a vilã 'Carminha' da novela das 21h na Rede Globo, “Avenida Brasil”.

Ao invés de odiarem-na devido ao seu papel de vilã desalmada e sem caráter, os telespectadores de todo o Brasil adoram a Carminha, a tal ponto de ela ser a maior referência da novela. Todos dizem: Você assistiu à Carminha ontem?...", "Deixa eu ir correndo, não posso perder a Carminha”.  Ninguém se refere ao nome da novela.

O povo está eletrizado, de fato, por Adriana Esteves, não só aqui no Brasil, mas nos países em que a novela está sendo exibida. Caso inédito na dramaturgia brasileira. Que me desculpem os fãs de Fernanda Montenegro, Tônia Carrero, Glória Menezes e Regina Duarte. Elas sempre foram formidáveis. Entretanto, Adriana atingiu o mesmo patamar de Pelé. Virou adjetivo. É uma Bette Davis revivida e só tem, na atualidade, um Garrincha nos seus calcanhares: Meryl Streep.

O carisma de Adriana é fantástico. Ela tem o rosto de um neném lindo. Para sempre. Comediante, atriz dramática, romântica, vilã.

Vai ser assim a melhor artista do Brasil em todos os tempos, nos quintos dos infernos!

E, parabéns ao autor da novela por ter escolhido “Carminha”  para o papel principal.
http://eduardocyntrao.blogspot.com.br/2012/09/adriana-esteves.html?spref=tw






O fenômeno Adriana Esteves
   Eu já sou um grande admirador do trabalho de Adriana Esteves de longa data. Lembro na inocência de meus 11 anos da primeira atuação dela como Tininha, em Top Model, um papel super de coadjuvante mas que ressaltava um brilho no olhar e uma doçura fascinante que a diferenciava de todos os atores adolescentes daquele folhetim. Dois anos depois ela ressurgia num papel de maior aparição em Meu Bem, Meu Mal interpretando Patricia, uma personagem dúbia e repleta de peculiaridades, cujo intuito era vingar a falência de seu pai se envolvendo com o empresário Ricardo Miranda, o responsável de fato pelo ocorrido. 
Em 1998 ela atinge um dos ápices em sua carreira interpretando a fascinante Sandrinha 
em Torre de Babel. Ao mesmo tempo que a personagem era cheia de suinge e malandragem, existia em sua caracterização uma raiva contida, um traço marcante daqueles grandes atores de televisão que possuem o raro dom de sempre esconder o jogo, de nunca revelar, de sempre imbutir no público a possibilidade de dúvida, da troca de subtexto e, consequentemente, do desenlace da situação. Mesmo atuando ao lado de feras como Glória Menezes e Cláudia Raia, ela fatura o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e o Troféu Imprensa de melhor atriz daquele ano. Era o início da consagração de uma estrela.
Carminha
Eu assisti parte do primeiro capítulo de Avenida Brasil, por acaso. Estava indo para sala pegar um refrigerante no exato momento aonde Carminha comete o assassinato de Genésio. Lembro que fiquei tão embasbacado com a expressão da atriz que deixei o copo cair no chão, tamanho o fascínio daquela visceralidade que se cristalizava na minha mente. A novela começou morna, com altos e baixos, como em qualquer folhetim, mas uma personagem se solidificava na minha mente como há muito tempo não acontecia.
A verdade é que a Carminha de Adriana está imbatível. Imbatível porque é absurdamente humana. Porque os vilões também podem ser humanos. E o humanismo no caso deles acaba sendo antagônico, o foco de proteção são sempre os cafajestes (no caso específico o Max, de Marcelo Novaes), o que gera um impacto ainda maior no público. Comenta-se muito que a dupla Débora Falabella (Nina-Rita) e Esteves é uma das melhores das telenovelas brasileiras. E eu concordo, em parte. A química entre as duas é inquestionável. Mas repare, caro leitor, aplicando um olhar mais minucioso, que a veterana está sempre um degrau acima da novata. Se Débora está boa, Adriana está ótima, se Débora está ótima, Adriana está excelente e se Débora está excelente, Adriana está magnânima. A troca entre as duas é mútua e extremamente bem-sucedida, mas são esses pequenos detalhes que diferenciam um ator talentoso de um ator craque.
 Carminha e Nina
 E surge um quarto nome na lista das personagens mais importantes da televisão brasileira.



Carminha x Adriana Esteves: A vilã e a atriz
O sucesso da vilã da novela das 21h é um dos maiores de todos os tempos. A cada capítulo, Adriana Esteves vai cativando ainda mais o público com as loucuras de Carminha – e agora, numa fase em que a personagem mostra sua fragilidade ao ser chantageada por Nina (Débora Falabella).
Na vida real, Adriana Esteves se mostra distante da personalidade de Carminha, e sempre buscou um estilo de vida bem mais pacato do que a personagem que brilha todas as noites às 21h.

Leia mais: http://www.bondinho24horas.com/2012/08/carminha-x-adriana-esteves-a-vila-e-a-atriz/28553#ixzz22iEkENmP



COLUNA DO FLÁVIO RICCO

Adriana Esteves vai sair de "Avenida Brasil" valorizada





Entre as certezas que existem para o final de “Avenida Brasil” está a valorização de Adriana Esteves. Carminha, se não é o maior, está entre os grandes trabalhos desta atriz, que já enfrentou os mais diversos perrengues ao longo de sua carreira. Especialmente no começo de tudo.
Adriana, certamente, subiu um por um, todos os degraus e agora se coloca de forma merecida entre as principais estrelas da Globo. O que é reconhecido pelos próprios companheiros da novela. http://televisao.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2012/07/29/adriana-esteves-vai-sair-de-avenida-brasil-valorizada.htm?cpmid=ctw-televisao-news


Avenida Brasil': 100º capítulo confirma Adriana Esteves como grande atriz

20/07/2012 | 10h59min


20/07/2012 | 10h59min

"É você!" Fãs da novela Avenida Brasil, da TV Globo, esperaram meses e, especialmente, a noite de quinta-feira (19), para ouvir da boca de Adriana Esteves apenas um verbo e um pronome. A trama chegou ao capítulo 100 e, como prometido pelo autor João Emanuel Carneiro, foi o momento da reviravolta, quando a suposta vilã (Carminha, personagem de Adriana) descobre que a dissimulada mocinha (Nina, vivida por Débora Falabella) não é aquilo que parece ser.
Não é quem diz que é, para ser mais preciso. Nina é Rita, a enteada que foi jogada no lixão pela madrasta e jurou para si vingança, infiltrando-se na casa da mulher que odeia e conquistando a família com a sedução mais nobre que existe: alimentando um a um com requintes de alta gastronomia.
Só se falou nisso o dia inteiro nas redes sociais e o "oi oi oi" - refrão da música de abertura - virou trend topics no Twitter. Sem contar as dezenas de internautas que se congelaram em preto e branco - efeito similar ao que acontece no fim de cada capítulo da novela. Houve quem desmarcasse compromissos, quem não atendesse telefones, sequer o cara da pizza. Mais: soube de gente que tomou champanhe durante a exibição do programa.
Aliás, a novela já pegou de um jeito que muita gente tem marcado jantares "depois de Carminha". Isso não acontecia há um par de anos com uma novela e, para ficar no exemplo recente, Fina Estampa - anterior à Avenida Brasil - conseguiu maior audiência, mas repercussão ínfima comparada a esta obra em exibição.
Uma parte do Brasil simplesmente parou para conferir o desmonte da farsa de Nina e, especialmente, como seria a reação de Carminha ao saber que foi enganada dentro da própria mansão. Parecia final de campeonato de futebol ou mesmo último capítulo de novela. O mais impressionante é que foi apenas um episódio de "virada", a narrativa ainda tem muito texto para queimar. E, como praxe, a cena que interessava só aconteceu no último bloco. Sinto informar, mas o capítulo que vale mesmo é o desta sexta-feira (20), com a repercussão da descoberta.
O que falar de Adriana Esteves? É muito interessante conferir uma profissional que soube aproveitar inteligentemente a oportunidade que a empresa onde trabalha ofereceu. A atriz é funcionária antiga da TV Globo, mas nunca foi considerada pela audiência uma mulher do porte de Glória Pires, Renata Sorrah ou, dentre as colegas de geração, Claudia Abreu. Estamos presenciando a virada não de Carminha, mas de Adriana, que deve ter mudado de patamar na TV Globo e, sim, consolidou-se como ícone para um fã-clube que não tinha até então. (tinha sim, o Fã Clube Nossa Estrela Adriana Esteves irá completar 2 anos no dia 25 de setembro, rsrs)
As cenas de hoje só vieram corroborar o que todos vinham testemunhando: o assombroso controle de uma atriz sobre seu corpo e voz. Quase incorporada, transbordou ira, frustração e pavor em detalhes mínimos como ranger de dentes, distensão dos músculos faciais e uma impaciência no gestual e no andar que uma atriz com menor domínio sobre o que faz transformaria a performance em show de patetice.
O capítulo não foi só dela, claro. Para conter a audiência até o fim, o autor mostrou Suelen (Ísis Valverde) como uma lúcida mulher de marketing, a família de Tufão (Murilo Benício) tranquilizada com a volta de Jorginho (Cauã Reymond) para casa depois de um coma, o incômodo de Alexia (Carolina Ferraz) com a presença espaçosa da mãe em casa (Betty Faria), e as sempre risíveis situações do núcleo "rico/cômico" de Cadinho (Alexandre Borges). Nada disso, realmente, interessava neste 100º capítulo. Quando os próprios atores comentam em entrevistas que assistem à novela que fazem enquanto o outro está em cena é sinal que a coisa anda muito bem em Avenida Brasil.
25/07/2012

Adriana Esteves está dando um show de interpretação

Adriana Esteves está dando um show de interpretação atrás do outro
Quem se lembra de Flora, a última vilã de João Emmanuel Carneiro 
vivida bravamente por Patrícia Pillar em A Favorita, já conhecia 
a maestria do autor em compor personagens com caráter duvidoso. 
Mas a Carminha está demais. Quem está do lado de cá da telinha 
vive o personagem junto com a atrizCada olhar fuzilante sai 
fumaça das expressões raivosas da louraça
A cena do enterro vivo de Nina (Débora Falabella) deixou claro que 
quando se combina um texto exímio com uma atuação impecável 
resultado não pode ser outro senão aquele mesmo que a 
gente viu. O sucesso de Carminha é tão evidente que ele ultrapassa 
as telinhasela é imbatível nas redes sociaisno papo do dia a dia 
e no assunto de cada rodinhaAdriana Esteves merece palmas, 
muitas palmas, de pé. É possível até arriscar compará-la com 
a incomparável Odete Roitman
a malvada suprassumo da teledramaturgia vivida por Beatriz Segall.


Diálogos primorosos, suspense a todo vapor e 
show de ADRIANA ESTEVES
Publicado em  
Vivendo a malvada Carminha, Atriz exacerba no direito de brilhar
Foi assim o capítulo de AVENIDA BRASIL deste sábado. João Emanuel Carneiro, o autor, 
e seus colaboradores – que turma supimpa ! – vem tecendo uma trama que mais parece uma rica
renda de filé, produzida pelas soberbas rendeiras do Nordeste.
Desde o início, a história é forte, os ganchos se sucedem com extrema maestria – 
daí o autor ser chamado na Tv Globo de ‘Capitão Gancho’
cenário/figurinos/direção de arte são sublimes; direção/fotografia/edição são um
 espetáculo à parte; a narrativa tem picos de excelência constante através de 
diálogos extremamente bem construídos; e o elenco é soberbo.
Mas, neste sábado quase findo, é reciso fazer um registro especial sobre a 
riqueza de textos da personagem Carminha. E ADRIANA ESTEVES, mais 
uma vez, roubou a cena, ratificando sua competência exacerbada e 
a feliz escolha de seu nome para viver a personagem principal.

        
  Carmem Lúcia, personagem de grande envergadura e cheia de labirintos 
emocionais, ou Carminha como é popularmente chamada, foi um prato cheio dado 
por João Emanuel Carneiro para uma grande Atriz. E nós, público telespectador, 
que costumávamos ver Adriana Esteves apenas em papéis cômicos, ou sofridos, ou 
sóbrios, ficamos positivamente surpresos com a revelação do estupendo TALENTO e 
Capacidade Interpretativa desta Atriz magistral 
que é Adriana EstevesÉ de lavar a alma vê-la em cena, num papel em 
telenovela – gênero ainda tão menosprezado por parte da crítica e do público.Que profundezas abissais tem  a composição que Adriana deu à sua Carminha, que sutilezas sensórias consegue passar num arcabouço sensório admirável só capaz 
ao ator que faz do seu ofício um espaço sagrado para promover a reflexão, o encantamento, a adesão ou rejeição do público.
No caso específico de Avenida Brasil, a personagem Carminha é um ser humano 
abjeto, deplorável, horrendo. Mas é com tal maestria que Adriana Esteves 
vive essa mulher pútrida, entregando-se à sua criação com o mais profundo 
de sua alma e a verdade inteira de seu ser entregue a um personagem que 
lhe vai nas vísceras, que é impossível não ficar completamente abismado
ante tamanha sua dedicação ao ofício, tamanha sua competência, e tão vocacionada 
sua entrega ao ofício.
 Embora a atriz tenha ganho em 98 quatro importantes prêmios por sua 
atuação como a provocante ‘Sandrinha” de Torre de Babel 
(Sílvio de Abreu), em geral sempre fez mais comédia e personagens sofridas; 
algumas vilãs não tiveram o mesmo impacto desta Carminha 
– além de malvada, tem rasgos de sagacidade que tornam a personagem
jocosa e ‘malandra’ -, e ainda não tive a chance de vê-la no teatro ou no cinema, embora 
saiba que já fez algumas peças e esteve em 4 longas (estreou na telona 
em 95 no filme “As Meninas”, baseado no romance homônimo de  Lygia Fagundes Telles).
Como Olímpia na comédia Trair e Coçar, filme baseado em famosa peça 
de Marcos Caruso…Por esse pequeno histórico da atuação de Adriana, é que vê-la ‘roubando’ todas as cenas de AVENIDA BRASIL e sendo a grande motriz da trama principal, é que nos causa intensa e fervorosa alegria vê-la em cena, 
esta ATRIZ que um dia algum incauto disse que não era lá essas coisas…Ao lado de Murilo BenícioAdriana Esteves esbanja charme e competência emAvenida Brasil Esperamos que a reciclagem ‘tão famosa hoje em dia’ – como disse muito  bem a ‘genial Carminha’ hoje – já tenha chegado para este precipitado, desatento, desavisado, confuso, e/ou preconceituoso analista (?) de telenovelas.

Para Adriana Esteves e toda a equipe que faz AVENIDA BRASIL
o mais efusivo PARABÉNS desta AUTORA DE CINEMA !
www.facebook.com/l.php?u=http://auroradecinema.wordpress.com/2012/07/22/dialogos-primorosos-suspense-a-todo-vapor-e-show-de-adriana-esteves/&h=mAQGO9AlW
OPINIÃO: O melhor papel de Adriana Esteves 

Se alguém duvidava do talento de Adriana Esteves, agora tem que retirar tudo o que foi dito a ela. No começo de carreira Adriana estava crua não era uma atriz de porte, era fraquinha, foi duramente criticada.


Hoje, ela é uma das melhores atrizes do alto escalão Global. No ar com a "vilã", Carminha uma mulher ambiciosa, que não mediu esforços para chegar aonde queria e chegou.
Chegou porque? Essa é uma pergunta que ainda o autor João Emanuel Carneiro não respondeu. Ou quase respondeu...

Será que Carminha é a vilã mesmo da história? Tenho minhas dúvidas, confesso.
No capítulo de ontem foi impossível não se comover com a história contada pela personagem. Todo o teatro feito por ela  pode ser mentira ou não, mais a verdade estava ali nos olhos de Adriana Esteves. Chorar em cena não é fácil, segurar uma cena de bate ponto, texto pra lá, texto pra cá é para poucos.

Cite no Twitter que um bom autor escreve textos espetaculares e ontem o Jõão colocou um texto difícil para Adriana, até o Murilo Benicio que é canastrão as vezes consegiu segura o "time" (tempo de cena), numa tradução mais popular e deu um show com o seu "Tufão".

Se a ideia do João é fazer o Brasil ter raiva da Carminha da minha parte ele consegiu. E a Debora Falabella como a Nina que ontem no final do capitulo, ao ver a derrota da vilã, escondida, ala filmes de terror comemou a primeira vitória em cima da rival, a primeira de muitas.

Prepare-se "Avenida Brasil" promete muitas emoções.... Novelão é isso, é texto, é direção, é autor, é talento e o talento hoje tem nome e sobrenome: Adriana Esteves, desculpe o trocadilho ela nunca "esteve" tão bem como está hoje. 

Blog do Guilherme Beraldo -
Vida & Fama: Adriana Esteves


Cláudia Abreu e Adriana Esteves roubam a cena com suas vilãs
Cláudia Abreu e Adriana Esteves roubam a cena com suas vilãs
Cheias de Charme Avenida Brasil têm em comum não só os ótimos índices de audiência. As novelas de maior sucesso do momento devem tanta repercussão a duas grandes atrizes que vêm roubando a cena. Cláudia Abreu e Adriana Esteves vivem ótimos momentos na telinha, tanto que é difícil odiá-las, apesar de tantas maldades

Cláudia e Adriana são da mesma geração, têm quase a mesma idade, o tipo físico semelhante e seguiram trajetórias parecidas na TV, apesar de nunca terem contracenado juntas. Ambas se saem bem como mocinhas, mas é como vilãs que elas ganham destaque.

Chayene Carminha são vilãs, mas são tão divertidas que chegam a ganhar a torcida do público. Quem não morre de rir com as tiradas hilárias da Rainha do EletroforróOu dançou junto com Carminha enquanto ela cantava "eu quero tchu, eu quero tcha" após enganar Tufão (Murilo Benício) novamente?

Mas não foi à toa que as duas malvadas conquistaram o público. Apesar de aprontarem muito, elas não fazem maldades sem motivo. Chayene quer voltar a fazer sucesso a qualquer custo, por isso faz de tudo para tirar as Empreguetes de seu caminho. Já Carminha tem muitos segredos escondidos em seu passado, não se sabe ao certo tudo o que ela passou pra ter se tornado tão cruel.

Enfim, esse é o ano de Cláudia Abreu e Adriana Esteves, que devem disputar voto a voto o prêmio de melhor atriz de 2012. Eu sempre fui fã das duas, mas confesso que estou me surpreendendo a cada dia ao vê-las em cena. Como mocinhas, elas são ótimas, mas como vilãs, são melhores ainda!

E vocês, concordam que Adriana Esteves e Cláudia Abreu estão arrasando na telinha?

Blog dos noveleiros 
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20120722142348&cat=brasil&keys=claudia-abreu-adriana-esteves-roubam-cena-suas-vilas

O domingo é...de Adriana Esteves, carioca, 42 anos, a malvada Carminha da novela “Avenida Brasil”, sucesso de João Emanuel Carneiro que faz o país ficar grudado na tela no horário das 21h. Adriana, que já havia excedido em talento na minissérie “Dalva e Herivelto”, entra de vez no seleto clube das melhores atrizes brasileiras. Nas cenas de maior tensão com Nina (Débora Falabella, que também dá um show de interpretação), ela consegue uma expressão facial soberba, parecendo mobilizar todos os músculos da face

Aliás, as cenas de embate das duas já renderam recordes de audiência da trama — 45 pontos de média

A mulher de Vladimir Brichta e mãe de Agnes (14) Felipe (12) e Vicente (5) tem um grande futuro como atriz. Que seja feliz 


É o que eu também desejo, Adri! Parabéns, minha Estrela! 
Taís

MINHA ESTEVES D'ALVA

Tenho muito apreço e admiração por quem vive da arte de interpretar. Não consigo explicar muito bem esse meu fascínio por tal ofício,mas acho que o que me inebria é a fantástica possibilidade que o ator dispõe de encarnar diversos personagens. Com ele, eu firmo o pacto de embarcar na fantasia do "faz de conta"e, no fim, ainda rendo-lhe uma chuva de aplausos emocionados por ter-me enganado com tanta veracidade.O ator é Divino, Sagrado!

Pois bem...E refletindo sobre isso estava eu ontem, quando me veio à mente a doce lembrança de uma atriz excelente: nada menos que ADRIANA ESTEVES. A primeira imagem que me vem à cabeça, quando me lembro de Adriana é a personagem Helena,que ela interpretou na novela "A Indomada". Eu era criança e adorava observar a figura daquela mulher linda e poderosa tomando conta da tela da TV

De lá para cá passaram-se mais de dez anos e Esteves só fez subir no meu conceito, entrando para a minha seleta lista de atrizes favoritas. Foram diversas personagens memoráveis, desde Catarina Batista até Nazaré Tedesco,as quais tive o prazer de acompanhar. Como não poderia ser diferente, no inicio deste ano,a atriz emocionou o Brasil ao viver impecavelmente a cantora Dalva de Oliveira, na minissérie "Dalva e Erivelto - Uma canção de Amor",um trabalho de uma excelência magistral, com Maria Adelaide Amaral assinando o texto e Dennis Carvalho Orquestrando a direção.

Confesso que fiquei muito satisfeito quando tomei conhecimento de que o programa humorístico "Toma lá dá cá", cujo elenco Adriana encabeçava, saiu do ar, permitindo assim que a atriz volte a fazer personagens diferentes nos próximos anos e, assim, se livre de uma vez por todas do julgo de Celinha. É terrível quando acorrentam atores primorosos a determinados personagens por anos a fio.O público acaba perdendo o interesse pelo trabalho do artista.

Adriana é daquelas atrizes que fazem qualquer autor vibrar ao vê-la personificando seu texto. Ela consegue trazer à cena a elegância e a sofisticação na medida certa. Consegue,como poucas, tirar proveito de qualquer cena, seja a mais simplória, seja a mais complexa. Adriana Esteves é uma atriz intensa, grandiosa, completa: tem beleza, talento, elegância e emoção!

Adriana Esteves: Nada como um dia atrás do outro. Carminha, Carminha!

 Quem vê Adriana Esteves arrasando como Carminha (tudo bem, ela também arrasou em "Torre de Babel", em "Cravo e a Rosa" e em "Dalva e Herivelto") nem sequer se lembra da pobre e ninfeta baiana Mariana de "Renascer" (1993), novela que, por ironia do destino, voltará a ser reprisada no canal Viva em novembro, quase um mês depois do fim de "Avenida Brasil", como já foi noticiado.

Lá no começo de 1993, Adriana, nem imaginava o que estava por vir. A trama do ótimo Benedito Ruy Barbosa conquistou o público logo no início. Bastou a segunda fase da trama iniciar, para Adriana entrar e começar uma enxurrada de críticas negativas. O folhetim era muito elogiado, mas  à atriz só era reservado tudo de ruim: atuação pífia que não condizia com a trama de Benedito. Foi um exagero que contribuiu para Adriana entrar em uma fase nebulosa que resultou numa depressão (de quase dois anos).
Foto: Divulgação 

"Não lembro das críticas que fizeram na época. Já faz tempo. E não acho que isso tenha afetado o trabalho dela em 'Renascer'. Não acompanho muito 'Avenida Brasil', mas, do pouco que vi, Adriana está muito bem. As críticas também são muito positivas", disse ao blog a escritora Edmara Barbosa, filha de Benedito, que colaborou com o pai na novela.  A sempre ótima Edmara pode não se lembrar, mas o blog não esqueceu porque, assim como muitas pessoas na época, era fã de "Renascer".

O blog lembra até  (e o público poderá conferir quando a novela for  re-exibida novamente) que assim que as críticas se tornaram mais acentuadas, a Mariana de Adriana foi perdendo espaço na história, pouco aparecia. E isso para uma personagem que era vital na trama: despertou o amor  no protagonista da história, vivido  por Antonio Fagundes, e em seu  filho caçula (Marcos Palmeira).  Os dois nunca se deram bem porque o primeiro amor de José Inocêncio (Fagundes) morreu durante o parto do caçula. A chegada de Mariana só fez piorar (e muito) a relação.

A novela passou, Adriana demorou para se recuperar, mas não deixou de atuar na TV. Muitos diretores e autores acreditaram nela  e lhe deram uma nova chance. E ela, que já tinha feito um ótimo trabalho em "Pedra sobre Pedra", voltou a arrasar em outras tramas. Vieram "A Indomada", "Torre de Babel", "O Cravo e a Rosa", "Senhora do Destino" (ela foi Nazaré jovem), "Dalva e Herivelto", entre tantas outras, até chegar a Carminha, ou melhor "Avenida Brasil" (curiosamente, ela nunca mais fez uma novela de Benedito...). Nada como um dia após o outro.

De qualquer forma, a trama de João Emanuel Carneiro foi dela, dava até para virar uma série, mas seria demais ( e não seria culpa da Rita!). Adriana foi tão bem que a novela deveria terminar com uma cena que fez muita gente rir. Logo depois que a loira quase enterrou Nina viva, ela comemorou com Max como se estivesse num estádio de futebol ao bradar de braços abertos: "Carminha! Carminha!". Precisa dizer mais?



Só uma coisa. Claro que estatura de Adriana ajuda, mas já reparam que quase sempre suas personagens tem o "inha" no final? Ela estreou em "Top Model" como Tininha, a Sandrinha de "Torre de Babel", a Amelinha de "Coração de Estudante", a Celinha de "Toma Lá Da Cá"

”Avenida Brasil”: uma novela que jamais será esquecida

A novela “Avenida Brasil” termina nesta sexta-feira com perspectivas de recorde de audiência e apontada como uma das melhores dos últimos anos. O texto de João Emanuel Carneiro trouxe inovações e o sucesso se completou com a direção quase cinematográfica de Amora Mautner.

A coordenadora do Centro de Estudo da Telenovela da USP, professora Maria Immacolata de Lopes, diz que “Avenida Brasil” é um produto diferenciado. “Não se trata de uma novela convencional ou tradicional”, comentou.


Boa parte do sucesso da trama se deve à Adriana Esteves, garante a especialista da USP. “Muito se deve a ela, porque ela encarnou de uma maneira, ficava exausta. Foi também uma grande revelação. Ela esteve em muitas outras novelas, mas nunca nessas características”, destacou.




Adriana Esteves foi a grande responsável pelo sucesso de “Avenida Brasil”

Para especialista, a novela de João Emanuel Carneiro é um produto diferenciado

19/10/12 - 08h54
Publicado Por: Mariana Riscala

A novela “Avenida Brasil” termina nesta sexta-feira com perspectivas de recorde de audiência e apontada como uma das melhores dos últimos anos. O texto de João Emanuel Carneiro trouxe inovações e o sucesso se completou com a direção quase cinematográfica de Amora Mautner.

A coordenadora do Centro de Estudo da Telenovela da USP, professora Maria Immacolata de Lopes, diz que “Avenida Brasilé um produto diferenciado. “Não se trata de uma novela convencional ou tradicional”, comentou.


Boa parte do sucesso da trama se deve à Adriana Esteves, garante a especialista da USP.Muito se deve a ela, porque ela encarnou de uma maneira, ficava exausta. Foi também uma grande revelação. Ela esteve em muitas outras novelas, mas nunca nessas características”, destacou.


A equipe de “Avenida Brasil” gravou as cenas decisivas que revelam quem matou Max e o final de Carminha na noite desta quinta-feira. Foi uma estratégia para evitar que detalhes vazem na imprensa.

  Infelizmente, vazou tudo!!!

Adriana Esteves entra para o primeiro time das estrelas

  ADRIANA

Este é o último texto que escrevo no Cativeiro da  Carminha. Até os que votaram no Russomano entendem, pelo título, que este Blog foi criado por e para Avenida Brasil. Até hoje, dia do último capítulo da trama, foram 134 textos, dos quais cerca de 120 e poucos exclusivos sobre a novela.
Excetuando poucos textos nos quais abordei cenas específicas, jamais escrevi sobre Adriana Esteves.
Desde sua primeira aparição como Carminha, ela me intimidou como jornalista, como mulher e como pessoa.
Não tenho a menor vergonha em admitir que durante os oito meses que ficou em cena a atriz me emudeceu. Falo com tranquilidade, pois escrevi abertamente sobre a maioria dos atores, todos magistrais, Zé de Abreu, Murilo Benício, Débora Falabella, Caruso, Vera Holtz, Cauã, Marcelo Novaes, enfim, muito e praticamente todos os dias. Também escrevi sobre os diretores e abusei falando de João Emanuel Carneiro, já que somente sobre ele foram 32 textos.

Nada, absolutamente nenhuma linha, sobre Adriana Esteves.

Tomei como missão pessoal que seria este o tema que encerraria este Blog. Na verdade, premeditei isso.
Li bastante para me inspirar. Busquei referências biográficas, críticas especializadas, e agora, nesse exato momento, continuo paralisada. Não consigo e não vou usar nada do que li ou ouvi.

Vou apelar apenas  para o que sinto aqui dentro e deixar a mente de lado. Talvez eu consiga, talvez não.
A primeira vez que vi Adriana foi num concurso do Faustão. Torci para que ela ganhasse. Confesso que nem a achava a mais talentosa naquele quadro de caça-talentos.

Mas ela tinha o olhar.

O mesmo olhar que reconheci depois, em cada trabalho que fez. Não sei explicar este olhar da Adriana. Só sei que é daqueles que carregam o sentido de visão dos que são diferentes. Como se fosse um simples olhar, mas na verdade é um infinito que sabe piscar.

Tempos depois, reparei na emoção.

Não na que ela passava com seus personagens, mas na que causava em mim. Me fazia rir e chorar na hora certa, em um tempo que eu necessitava ser feliz ou  purgar alguma dor.

Com certeza, Adriana jamais saberá da minha existência e sinceramente, isso pouco me importa.

Não há nada que eu possa dizer à ela que seja grande o suficiente, que seja belo o bastante, que mereça ser eterno na sua memória. Não há nada  que eu possa devolver para a atriz e muito menos para a mulher, diante da imensidão que ela, sem nada cobrar, me deu.

Com 39 anos parei de exercer o jornalismo, claro que isso só ocorreria por doença daquelas bem indesejáveis, que ferem o sentido de tempo e enfeiam o corpo. Nos últimos anos, o olhar de Adriana me ajudou a entender porque fui maior e melhor que o câncer.

Não, não sejam piegas, é lógico que ela não me curou. Foi sim a dolorosa quimioterapia e a mudança radical de prazeres que me trouxe até aqui.


O papel de Adriana foi apenas o de me olhar, através de seus personagens, e sugerir, através de sua entrega visceral ao trabalho, que eu, como ela, também sou importante.

Que eu também tenho a capacidade de olhar.

Durante todo o percurso de Avenida Brasil Adriana se expôs pelo avesso. Desconheço alguma outra atriz que tenha tido por um personagem a entrega que ela teve. Não houve uma fala perdida, não houve um momento banal, não houve um gesto mal colocado. Era ela ali, o tempo inteiro, como num transe, incorporada por uma entidade limítrofe, bailando entre o bem e o mal. Muitas vezes sem forças, muitas cenas sem voz, fatigada e debilitada, ainda assim, era a rainha do baile.

 E eu, no anonimato do meu silêncio, dancei todas as melodias com ela. E me senti mais viva, me senti mais capaz, me senti mais viável.

Imagino, porque também sou mãe e esposa, como foi difícil Adriana manter essa erupção de lado, ao aninhar seus filhos ou amar seu marido. Suponho que ela tenha tido seus momentos de angústia, até mesmo de solidão. O fato é que se os teve, olhou para seu próprio espelho e resolveu suas travessuras interiores. 

Adriana Esteves fez de Carminha um ser humano possível. Carminha fez de Adriana Esteves uma atriz sobrenatural.

Ambas saem de Avenida Brasil de braços dados com a glória. Uma, endeusada pela arte de representar. A outra, endeusada pela arte de ir onde nenhum personagem jamais ousou. As duas se fundem em uma só condição - são sobreviventes de um mergulho profundo na alma humana.

E merecem emergir dessa jornada ovacionadas, carregadas pelos milhões que durante meses tiveram a honra de percebê-las. Me considero privilegiada por ter tido essa oportunidade. Eu sei que as percebi.

 Do tão longe que estou, termino meu texto, que prometi extrair somente do que sinto por dentro, com aquilo de mais pungente que Adriana me ofereceu do lado de fora da realidade:
O atalho precioso para transformar um  olhar em um coração.
Por ela, e através dela, aprendi que o talento jamais fecha os olhos para a vida.

Se soubermos olhar com os olhos de Adriana, veremos que a vida pulsa, que a vida é linda e que a vida sempre valerá a pena.


Parabéns, Adriana. E até o nosso próximo olhar.


F I M

TEXTO PERFEITO!!!!!!!!!!!!!!!! E relata exatamente aquilo tudo q sinto pela Adriana. Ao lê-lo, me derramei em lágrimas pode dentro e por fora de mim. Parecia, q eu estava lendo algo q eu mesma escrevi! Parabéns, Dandara! Parabéns por ter captado na Adriana a mesma sensação q eu captei dela desde q a vi pela 1ª vez em Top Model, onde ainda não me tornei fã, mas me encantei pois, embora ela ainda inexperiente em seu 1º trabalho, ela já mostrava esse olhar. E, pra mim isso se tornou profundo em sua 2ª novela - Meu Bem Meu Mal, quando me tornei realmente fã dessa guerreira. 
E você também é uma guerreira! Perdi minha avó materna esse ano devido a essa doença cruel que está cada vez mais comum na vida das pessoas! Graças a Deus que você está melhor e que a Adri ajudou na sua recuperação. 
Seu texto, foi um presente não só pra Adriana, mas pra mim também. E, como recompensa, posso lhe garantir que a Adri vai sim saber da sua existência, pois ele será colocado no Livro de Elogios, junto com os milhares de elogios de críticos que juntei nesse livro que fiz pra ela.! O seu texto, na minha opinião, é o mai lindo de todos e, por isso, finalizará o Livro!
Você merece que ela saiba da sua existência e, ela merece receber esse texto espetacular que você escreveu sobre ela!!!!
Taís






 

 

 

 



Um comentário:

  1. Adriana Steves é uma maravilhosa atriz, está simplesmente sensacional na pela da Carminha. Eu não assisto novelas há mais de duas décadas e não acompanhei esta tb, mas confesso que qdo escuto de longe a voz da Adriana, corro e assito uns minutinhos deste espetáculo de interpretação. Não tenho a menor idéia do que a Carminha andou fazendo, mas torço por ela toda vez que a vejo. É uma emoção assistir uma atriz assim. Beijo para você Adriana, e obrigada por nos proporcionar este espetáculo. Lidia

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